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DESERTO

DESERTO

Com direção e dramaturgia de Luiz Felipe Reis e atuação de Renato Livera,

“DESERTO” estreia dia 2 de maio no Futuros,

com temporada de quinta a domingo até 23 de junho


Nova criação da Polifônica,

“DESERTO” é a primeira encenação brasileira

baseada em passagens da obra e da vida

do premiado escritor chileno Roberto Bolaño

Com direção e dramaturgia original de Luiz Felipe Reis, “DESERTO” levará ao palco do Futuros — Arte e Tecnologia uma proposta inédita: a primeira dramaturgia e encenação baseadas em fragmentos da vida e de diferentes obras do premiado escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003), considerado um dos maiores autores latino-americanos da virada do século 21.

Em cena, o ator Renato Livera se aproximará da figura do escritor, emprestando corpo e voz às suas palavras escritas ou faladas, extraídas de obras como “A universidade desconhecida”, “2666”, “Os detetives selvagens”, “Entre parêntesis”, “O segredo do mal” e “O gaúcho insofrível”. 

Resultado de uma extensa pesquisa na obra do autor, “DESERTO” apresenta aos espectadores uma composição dramatúrgica que costura diferentes textos — contos, crônicas, notas, discursos, palestras, poemas — e entrevistas concedidas por Bolaño, em que o autor compartilha suas mais fundamentais e recorrentes inquietações artísticas e existenciais.

Em seu recorte dramatúrgico, “DESERTO” joga luz, sobretudo, nos últimos anos de vida do escritor. Diagnosticado com uma doença hepática degenerativa, em 1992, Bolaño passou sua última década de vida lidando com uma doença crônica e, de certa forma, silenciosa. Durante esse tempo, ele aguardava um transplante de fígado enquanto se dedicava à conclusão de obras como “2666”, sua obra-prima final, e “O gaúcho insofrível”, sua última coleção de contos.

Para a construção de “DESERTO”, portanto, foi empreendida uma pesquisa que abarca não apenas os mais conhecidos romances e contos do escritor, mas toda sua vasta produção poética, além de inúmeras entrevistas e textos não ficcionais de diferentes formatos que nos permitem acessar detalhes, rastros e traços preciosos que compõem o multifacetado universo Bolaño. 

“DESERTO” convida o público, assim, a um mergulho profundo no imaginário e no inconsciente poético do autor. Nesse “mundo Bolaño” — um lugar nada desértico, diga-se —, se justapõem lembranças autobiográficas e reflexões sobre a sua trajetória literária, suas preocupações éticas e estéticas, políticas e poéticas, num jogo de atravessamento incessante entre vida e arte, como é característico de toda a produção literária do autor. 

Em cena o que acompanharemos não é exatamente a vida particular de Bolaño, mas fragmentos da jornada arquetípica de um poeta. Um escritor latino-americano, nascido no Chile, que atravessa o continente rumo ao México e que, posteriormente, fixa-se na Espanha. “DESERTO” é a recomposição de rastros dessa aventura. A travessia de um espírito inquieto marcado pela inconformidade com as normas, pelo desejo de ruptura, fuga, viagem, e então seu encontro com o desterro, o exílio, o deserto do real e, enfim, com a criação artística.

“DESERTO” pretende iluminar sobretudo o legado artístico de Bolaño, um autor que, após sua morte, em 2003, e a publicação de “2666”, em 2004, se tornou um dos maiores fenômenos literários da virada do último século — considerado por muitos o maior expoente das letras latinas desde Gabriel García Márquez.

“Bolaño é o mais influente e admirado romancista de língua espanhola da sua geração”
Susan Sontag

 

 

SOBRE DESERTO E BOLAÑO

 

“DESERTO” é um projeto idealizado pelo diretor e dramaturgo Luiz Felipe Reis e que começou a ser concebido em 2015 — ano que marcou os 40 anos da estreia literária de Bolaño, na antologia “Poetas infrarrealistas mexicanos” (1975). Nove anos após a sua idealização, “DESERTO” estreia em 2024, ano que celebra os 20 anos do lançamento de sua obra-prima “2666”. 

Maior romancista chileno do século XX, Roberto Bolaño tornou-se um fenômeno literário mundial na virada do século passado para o XXI. Após sua morte, em 2003, Bolaño passou a ser considerado um dos maiores escritores latino-americanos de todos os tempos, sendo apontado como o grande sucessor de nomes como Juan Rulfo, Jorge Luis Borges, Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Mario Vargas Llosa — diferentemente destes grandes ícones das letras latinas, Bolaño é o único que ainda não havia tido sua obra literária transposta para os palcos no Brasil. 

No âmbito das artes cênicas contemporâneas, no Brasil e no mundo, são diversos os exemplos de experimentos e propostas que têm levado aos palcos recriações de obras literárias clássicas ou canônicas. O que “DESERTO” propõe, no entanto, não é recriação de um único clássico de Bolaño, mas sim a encenação de uma dramaturgia inédita que articula fragmentos de sua vasta produção literária, apresentando ao público, portanto, o imaginário poético do autor. Atualmente, pode-se dizer que Bolaño já é reconhecido como um “clássico contemporâneo”, mas ainda hoje sua obra é muito mais conhecida do que efetivamente lida. Ao recriar em cena fragmentos da vida e da obra do autor, esperamos que “DESERTO” possa contribuir para a difusão da obra de Bolaño e atuar, também, como porta de entrada ao fascinante universo literário do autor. 

ROBERTO BOLAÑO

Nascido em 1953, em Santiago do Chile, e radicado na Espanha a partir de 1977, Roberto Bolaño consolidou-se como o maior sucesso literário latino-americano, em escala mundial, desde Gabriel García Márquez.

Depois do sucesso de crítica de “La literatura nazi en América” (1996), publicou diversas obras em poucos anos, tendo “Os detetives selvagens” e “Putas assassinas” entre seus títulos mais elogiados, premiados e conhecidos — Bolaño conquistou os prêmios Herralde (1998) e Rómulo Gallegos (1999) por “Os detetives...”.

Em 15 de julho de 2003, Roberto Bolaño morreu de insuficiência hepática, em Barcelona, aos 50 anos. Ele deixou contos e romances inéditos, entre os quais “2666”, romance vencedor do Salambó Prize (2004) e do National Book Critics Circle Award (2009).

 


O QUE DIZEM DE BOLAÑO

“Bolaño é o mais influente e admirado romancista de língua espanhola da sua geração.” — Susan Sontag

“O que Bolaño perseguiu e alcançou foi o romance total, colocando o autor de ‘2666’ no mesmo time de Cervantes, Sterne, Melville, Proust, Musil e Pynchon.” — Rodrigo Fresán

“Um fecho histórico e genial para ‘O jogo da amarelinha’, de Cortázar (...) uma fenda que abre brechas pelas quais haverão de circular novas correntes literárias do próximo milênio.” — Enrique Villas-Matas

“Todos eles são Bolaño, todos nós somos Bolaño, até você é Bolaño.” — Patti Smith 

“Não somente o grande romance em língua espanhola da década, mas também um dos pilares que definem toda uma literatura.” — La Vanguardia

“O estilo de Bolaño é como um drible de Garrincha: não tem ciência alguma, mas não falha. É assim: sem firulas, funcional ao relato, essencialmente sem erros.” — Roka Valbuena

 


EQUIPE DE CRIAÇÃO

Direção e dramaturgia original
Luiz Felipe Reis

Baseada em fragmentos da vida e da obra de Roberto Bolaño

— textos e entrevistas extraídos de “2666”, “A universidade desconhecida”, “O gaúcho insofrível”, “Entre parêntesis”, “Bolaño por si mesmo”

Atuação:
Renato Livera

Direção assistente:
Julia Lund

Interlocução dramatúrgica:
José Roberto Jardim

Direção de movimento e preparação corporal:
Lavínia Bizzotto

Direção musical e criação sonora:
Pedro Sodré e Luiz Felipe Reis

Cenografia:
André Sanches e Débora Cancio

Figurino:
Miti

​Criação de vídeo:
Julio Parente

Iluminação:
Alessandro Boschini

Assistente de vídeo e operação de vídeo e luz:
Diego Avila

Operação de Som:
Gabriel Lessa

Design gráfico:
Bruno Senise

Fotografia de estúdio:
Renato Pagliacci

Assessoria de imprensa:
Ney Motta

Direção de produção:
Sergio Saboya (Galharufa)

Produção executiva:
Roberta Dias (Caroteno Produções)

Idealização e coprodução:
Polifônica

Proponente:
Associação Cena Brasil Internacional


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Serviço
Local: Futuros - Arte e Tecnologia
Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro (próximo ao Metrô Largo do Machado)
Informações/tel.: (21) 3131-3060
Temporada: 02 de maio a 23 de junho de 2024, quinta à domingo, às 20h
Ingressos: R$ 60,00 (Inteira) | R$ 30,00 (Meia)
Lotação: 63 lugares, sendo 1 espaço para PCR, 1 assento para pessoa obesa e 1 assento reservado
para acompanhante de PCD.
Duração aproximada: 80 minutos
Classificação indicativa: 16 anos


Atendimento à imprensa
Ney Motta
arte contemporânea comunicação ltda.
assessoria de imprensa para artes e espetáculos
21 98718-1965 | neymotta@gmail.com
Rio de Janeiro | São Paulo | Brasil

* A dramaturgia-encenação de “DESERTO” é atravessada pelas obras de Nicanor Parra, Violeta Parra, Pedro Lemebel, Mario Santiago, Lawrence Ferlinghetti, Patricio Guzmán, Emma Malig, Georges Bataille, Gilles Deleuze, Giorgio Agamben e outros.

Contatos
sergiosaboyacultura@gmail.com
lfmreis@gmail.com

PESQUISA POLIFÔNICA

 

Desde 2014 a Polifônica se dedica a uma pesquisa estética e temática focada nos conceitos de Polifonia Cênica e de Contra-cenas ao Antropoceno. Em conjunto, estas noções buscam estimular a experimentação de diferentes formas de abordar e de responder artisticamente ao AntropoCapitaloceno, ou seja, aos distúrbios ecológicos, sociais e políticos gerados pela engrenagem ideológica antropocêntrica, colonialista, capitalista e neoliberal.

 

 

POLIFONIA CÊNICA

Elaborada pela Polifônica, a partir de uma pesquisa sobre a obra teórica e prática de Heiner Goebbels, a noção de Polifonia Cênica busca estabelecer uma relação horizontal, descentralizada e colaborativa entre diferentes elementos, linguagens e formas de arte na composição do fazer teatral. Inserida nesta pesquisa, "DESERTO" pretende instaurar uma experiência multilinguagem, articulando dispositivos teatrais com a literatura, a poesia, a música ao vivo, além de instalações de luz, som e vídeo. O projeto se empenha, portanto, em articular reflexões filosóficas com provocações sensoriais a fim de sensibilizar e de engajar todos os envolvidos na experiência na tarefa de responder criativamente às transformações e às ameaças existenciais que marcam o contemporâneo.

 

SOBRE A POLIFÔNICA

 

Fundada em 2014, no Rio de Janeiro, a Polifônica dedica-se a uma pesquisa estética e temática que busca articular as noções de Polifonia Cênica e de Contra-Cenas ao Antropoceno.

 

Em 2015, foi indicada ao Prêmio Shell 2015 na categoria Inovação com o experimento cênico-científico “Estamos indo embora...”, pela “multiplicidade de linguagens artísticas adotadas para abordar a ação do homem nas transformações climáticas”.

 

Em 2016, a Polifônica recebeu indicações e conquistou prêmios pela criação do projeto “Amor em dois atos”, que reuniu em uma mesma encenação duas obras do dramaturgo francês Pascal Rambert, “O começo do a.” e “Encerramento do amor”.

 

Em 2018, apresentou o seu novo trabalho, “GALÁXIAS”, que articulava textos de Luiz Felipe Reis com fragmentos da obra literária do escritor argentino, J. P. Zooey.

 

Em 2020, a Polifônica apresentou o solo teatral e audiovisual "Tudo que brilha no escuro", que foi indicado ao Prêmio APTR 2020-21 de melhor espetáculo inédito ao vivo.

Em 2023, estreia o solo "VISTA", protagonizado por Julia Lund e baseado no romance "Vista chinesa", de Tatiana Salem Levy — "VISTA" foi indicado ao Prêmio Deus Ateu de Teatro e Artes 2023 nas categorias melhor atriz e melhor espetáculo, tendo conquistado o prêmio na categoria espetáculo.

Para 2024-25, a companhia planeja a estreia dos seguintes projetos: "DESERTO", a partir da obra de Roberto Bolaño; "AWEI!", baseada no livro "Banzeiro òkòtó", de Eliane Brum; e "Eddy. Uma história da violência", a partir da obra de Édouard Louis.

 

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